Fotos: Divulgação
Claudia Correia
Dia 24 de março comemoramos em Salvador o terceiro aniversário do jornal “Aurora da rua”(http://www.auroradarua.org.br/).
É uma experiência inovadora que reúne voluntários leigos, agentes pastorais, assistentes sociais, jornalistas, estudantes e pessoas em situação de rua. O projeto gráfico é criativo e o conteúdo rico e acessível.
A idéia surgiu em torno da comunidade da Trindade, próximo à Igreja da Trindade, no comércio de Salvador. O objetivo era acolher as pessoas, apoiar seus projetos de vida, a geração de renda, a busca por alternativas de sobreviver longe das ruas.
Assim como outros “jornais de rua” ou experiências como Revista Ocas, abordada aqui no artigo de Nelma Espíndola na Editoria Web@Tecno , o trabalho sócio-educativo envolve a realização de oficinas de texto e fotografia, discussão em grupos sobre cidadania e temas de interesse comum e a organização de uma cooperativa de produção e venda dos jornais. Do custo final de cada exemplar, vendido nas ruas da cidade a R$1,00, 75% fica para o vendedor. Em alguns casos, essa renda já permite o aluguel de uma moradia, o retorno à família, a retomada da vida social ou o tratamento da dependência química. Poucos conseguem um emprego formal a curto prazo mas o gerenciamento dos recursos já proporciona uma experiência interessante em grupo.
A iniciativa do projeto já atrai a atenção das Universidades e as palestras e visitas dos vendedores divulgam o projeto e estimulam a troca com professores e estudantes de Jornalismo, Serviço Social e Letras. O jornal “ A TARDE”, um dos maiores do Nordeste, já ofereceu apoio gráfico. Todo ano, o projeto promove um Festival de Arte com a apresentação de música, poesia, artes plásticas e fotografia. O “Aurora” também se articula com o Movimento Nacional de Pessoas em situação de rua e recebe companheiros de outros estados como São Paulo para troca de experiências.
Este ano, por iniciativa da vereadora Marta Rodrigues o aniversário do “Aurora” vai ganhar uma sessão especial na Câmara Municipal para debater a Política Municipal de Assistência Social e as pessoas em situação de rua e uma exposição com as 18 edições do jornal, além de uma caminhada, com direito a trio elétrico do Campo Grande à Praça Municipal.
Para José Ronaldo Ferreira, mineiro de 39 anos, acolhido pela comunidade da Trindade, “o melhor do jornal é que ele tem uma via diferente que foca as ruas e as pessoas que moras nelas. É poético e onírico”. Ele é conhecido como Rhuna e ficou 12 anos nas estradas até chegar em Salvador.
Além de assinante, virei divulgadora do jornal desde 2007.Neste ano, participei de uma exposição fotográfica “Ruas Vivas” com alunos de Jornalismo do Centro Universitário FIB que teve como tema os moradores de rua de Salvador.Os vendedores divulgaram o jornal no nosso coquetel de lançamento e falaram sobre a experiência .
No lançamento do livro “Mídia, Questão Social e Serviço Social”, em agosto de 2009, em Salvador, os vendedores e equipe do projeto foram meus convidados e puderam mostrar o resultado deste processo que dá vez aos invisíveis e voz aos que não são notícia na grande mídia.
Claudia Correia , Assistente social, jornalista, profª da ESSCSal e Mestre em Planejamento Urbano. Contato: ccorreia6@yahoo.com.br
Dia 24 de março comemoramos em Salvador o terceiro aniversário do jornal “Aurora da rua”(http://www.auroradarua.org.br/).
É uma experiência inovadora que reúne voluntários leigos, agentes pastorais, assistentes sociais, jornalistas, estudantes e pessoas em situação de rua. O projeto gráfico é criativo e o conteúdo rico e acessível.
A idéia surgiu em torno da comunidade da Trindade, próximo à Igreja da Trindade, no comércio de Salvador. O objetivo era acolher as pessoas, apoiar seus projetos de vida, a geração de renda, a busca por alternativas de sobreviver longe das ruas.
Assim como outros “jornais de rua” ou experiências como Revista Ocas, abordada aqui no artigo de Nelma Espíndola na Editoria Web@Tecno , o trabalho sócio-educativo envolve a realização de oficinas de texto e fotografia, discussão em grupos sobre cidadania e temas de interesse comum e a organização de uma cooperativa de produção e venda dos jornais. Do custo final de cada exemplar, vendido nas ruas da cidade a R$1,00, 75% fica para o vendedor. Em alguns casos, essa renda já permite o aluguel de uma moradia, o retorno à família, a retomada da vida social ou o tratamento da dependência química. Poucos conseguem um emprego formal a curto prazo mas o gerenciamento dos recursos já proporciona uma experiência interessante em grupo.
A iniciativa do projeto já atrai a atenção das Universidades e as palestras e visitas dos vendedores divulgam o projeto e estimulam a troca com professores e estudantes de Jornalismo, Serviço Social e Letras. O jornal “ A TARDE”, um dos maiores do Nordeste, já ofereceu apoio gráfico. Todo ano, o projeto promove um Festival de Arte com a apresentação de música, poesia, artes plásticas e fotografia. O “Aurora” também se articula com o Movimento Nacional de Pessoas em situação de rua e recebe companheiros de outros estados como São Paulo para troca de experiências.
Este ano, por iniciativa da vereadora Marta Rodrigues o aniversário do “Aurora” vai ganhar uma sessão especial na Câmara Municipal para debater a Política Municipal de Assistência Social e as pessoas em situação de rua e uma exposição com as 18 edições do jornal, além de uma caminhada, com direito a trio elétrico do Campo Grande à Praça Municipal.
Para José Ronaldo Ferreira, mineiro de 39 anos, acolhido pela comunidade da Trindade, “o melhor do jornal é que ele tem uma via diferente que foca as ruas e as pessoas que moras nelas. É poético e onírico”. Ele é conhecido como Rhuna e ficou 12 anos nas estradas até chegar em Salvador.
Além de assinante, virei divulgadora do jornal desde 2007.Neste ano, participei de uma exposição fotográfica “Ruas Vivas” com alunos de Jornalismo do Centro Universitário FIB que teve como tema os moradores de rua de Salvador.Os vendedores divulgaram o jornal no nosso coquetel de lançamento e falaram sobre a experiência .
No lançamento do livro “Mídia, Questão Social e Serviço Social”, em agosto de 2009, em Salvador, os vendedores e equipe do projeto foram meus convidados e puderam mostrar o resultado deste processo que dá vez aos invisíveis e voz aos que não são notícia na grande mídia.
Claudia Correia , Assistente social, jornalista, profª da ESSCSal e Mestre em Planejamento Urbano. Contato: ccorreia6@yahoo.com.br
Claudia, fiquei muito emocionada em saber da existência do Jornal Aurora da rua, aí em Salvador. Penso que se tantas outras iniciativas similares a esta e a da OCAS, se espraiassem pelas grandes capitais do nosso país, esse quadro de pessoas em situação de rua poderia está com um quadro situacional diferenciado. Adorei a matéria.
ResponderExcluirUm abraço.