quarta-feira, 29 de junho de 2011

Editoria Fazendo Arte e Educação





« Que lugar mais silencioso
Eu poderia no universo encontrar
Que não fossem os desertos da lua
Pra recompor meu mundo bem devagar »

No mundo da lua, Biquini Cavadão


Ricardo Pereira*


Gostaríamos de mandar em nome da editoria Fazendo Arte & Educação um grande abraço para o vocalista do grupo Biquini Cavadão, Bruno Gouveia, que perdeu seu filho, Gabriel Kfuri, e sua ex-mulher e mãe da criança, Fernanda Kfuri no acidente de helicóptero no último dia 17/6, na Bahia.Quando comentou o acidente, diferente das lágrimas de crocodilo do governador Sérgio Cabral (tentando tirar o foco da crise de seu desgoverno), Bruno chora lágrimas verdadeiras de uma perda real, não de uma dor forjada pela imprensa chapa branca aqui do Rio de Janeiro.

Bruno e o Biquini nos deram muitos presentes em forma de música desde os anos 80. No meio de tantas, poderíamos citar as canções « Tédio », « No Mundo da Lua », « Cidades em Torrente », « Timidez », « Inseguro de Vida » e « Múmias », « Ida e Volta » e « ¼ ». Tais músicas nos fazem pensar e lutar por um país mais justo.




“Zé Ninguém” deu a partida para uma série de primeiros lugares em várias rádios do Brasil e esperamos que, nessa terça-feira - 28/06 – a juíza da 3ª Vara de Fazenda Pública da Capital, Isabela Peçanha Chagas - que vai julgar o corte de ponto da greve dos Profissionais de Educação/RJ - mostre que “aqui embaixo as leis” não são assim tão diferentes.

domingo, 19 de junho de 2011

Editoria Volta do Mundo, Mundo dá Volta

Visibilidade e organização dos assistentes sociais na França



Mione Sales*
Apresentação/ tradução


Os assistentes sociais franceses estão determinados a mudar o seu estatuto em 2011. Na última quinta-feira, foi realizado o terceiro dia de luta nacional, depois das manifestações de 16 de março e 7 de abril. A iniciativa é das organizações sindicais e profissionais como a Associação Nacional dos Assistentes de Serviço Social (ANAS), juntamente com a organização dos Educadores Especializados (ONES), mais a Federação dos Conselheiros em Economia Social e Familiar (FCESF), com apoio ainda de sindicatos gerais da categoria.

Eles reivindicam que o curso de Serviço Social seja reconhecido como nível superior (Bac+ 3) e ganhe também uma inscrição no nível 6 da Comunidade Econômica Europeia, pela instância que regula os diplomas, conforme os parâmetros estabelecidos em Dublin. Para tanto, eles encaminharam uma petição aos organismos e autoridades responsáveis. Trata-se, porém, de uma realidade que não é universal, pois já há, na França, inclusive cursos de Mestrado em Serviço Social (CNAM) e projetos de organização de doutorado. No entanto, é forte a tensão também com a Sociologia que quer continuar à frente do ensino. (Ver link do artigo de Elisabeth Dugué).

Nesta última quinta-feira (16 de junho), a categoria conseguiu que fosse publicada uma pequena reportagem sobre um assistente social em um dos jornais distribuídos durante a semana nos metrôs parisienses, o 20 minutes. Pode-se considerar como um ponto importante na visibilidade da profissão, que também deve ter seus direitos assegurados.

Convidamos os blog-leitores a lerem então a tradução da matéria que circulou nesta quinta e assim conhecerem um pouco melhor o cotidiano dos colegas assistentes sociais franceses.

:::::::::::::::::::::::::::::::::
PerfilTrabalhadores sociais exigem revalorização

A MINHA VIDA DE ASSISTENTE SOCIAL

                                                 Foto: 20 minutes

Como os trabalhadores sociais fazem uma manifestação hoje (quinta-feira passada, 16/06/2011), 20 minutes acompanhou ontem o assistente social Nicolas Lefebvre - em Paris há cinco anos. Como todos os dias, ele chega às 8:30 no serviço de assistência social à infância da região parisiense que vai da Bastilha à Porta de Vincennes (12ème arrondissement). Já tem quinze recados o esperando. Situações mais ou menos urgentes. « Saber fazer uma triagem faz parte do trabalho », suspira o assistente social de 38 anos. Impossível atender tudo. Na sua equipe, cada profissional pode acompanhar até 32 crianças em situação de proteção social, de 0 a 21 anos.


Jornada sobrecarregada

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Editoria Caleidoscópio Baiano

Bicentenário da imprensa na Bahia



Claudia Correia*




A Bahia tem o privilégio de se inserir na vida cultural brasileira através da diversidade e da riqueza de expressões artísticas em muitas linguagens. Nas artes plásticas, na literatura, na música, no teatro, no cinema e na imprensa, temos dado nossa importante contribuição, evidenciando a forte influência africana e indígena na vida brasileira e construindo um rico patrimônio cultural.

Por aqui, em maio, as atenções se voltaram para os 200 anos da imprensa na Bahia. Participei de alguns eventos, como curiosa do tema e com muitas afinidades com o jornalismo impresso.

Apontamentos para a história da imprensa na Bahia”. Este é o título do livro organizado pelo jornalista Luís Guilherme Pontes Tavares, lançado em homenagem ao bicentenário da instalação da imprensa no Brasil, comemorada em 13 de maio de 2008. O autor, que foi meu professor de História do Jornalismo na FIB em 2004, é um entusiasta da imprensa no Brasil e seus curiosos protagonistas e aspectos pitorescos.

A obra foi uma proposta da Academia de Letras da Bahia e da Assessoria Geral de Comunicação do Governo do Estado da Bahia.

O livro é um excelente guia para se compreender os momentos mais marcantes da imprensa na Bahia, passando pela fundação do primeiro jornal, os cenários e realidades de cada época e como estes influenciaram a criação dos jornais e/ou dão pistas para o entendimento sobre o desenvolvimento dos jornais no estado. A obra é uma coletânea de artigos, memórias e discurso de governadores, jornalistas, historiadores e pesquisadores da temática. Em alguns textos, o relato quase pessoal da atuação da imprensa e suas características valem mais do que cronologia histórica de detalhes épicos sobre o tema.

sábado, 11 de junho de 2011

Editoria Equipe do Blog Mídia e Questão Social

Saída pela esquerda

Uma homenagem do Blog Mídia e Questão Social a uma mulher à frente do seu tempo



 Foto: Jacqueline Beaulieu


“Um dia, os mais velhos não estarão mais por aqui. E será preciso
infelizmente decidirmos viver com os nossos contemporâneos.”

Patrick Modiano



O Blog Mídia e Questão Social está de luto. Jacqueline Beaulieu hoje segue por novos caminhos, certamente à esquerda em qualquer parte. Aos 86 anos, a jornalista francesa, comunista, judia não praticante e internacionalista, faleceu no último 31 de maio. Teve destaque como professora de jornalismo e membro do célebre jornal do Partido Comunista Francês, L’Humanité. Ser humano cheio de generosidade e disponibilidade intelectual, Jacqueline Beaulieu colaborou com a editoria Babel do Blog Mídia e Questão Social.

Queremos homenageá-la com o que ela sabia fazer de melhor : o jornalismo e suas polêmicas. Convidamos assim, vocês, blog-leitores, a revisitar o artigo “Muito barulho por nada », publicado em 27 de fevereiro de 2010, na Editoria Volta do Mundo, Mundo dá Volta,o qual contou com a colaboração de Jacqueline. Sua participação traz a marca da vida, da política e da indignação que lhe eram peculiares. Em foco: uma polêmica na esquerda sobre o uso do veu, tendo como pano de fundo a França sarkozista obcecada pelo tema da identidade nacional.

Beaulieu compôs seu “olhar jornalístico” com o título “Os Hipócritas”.