segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Editoria Volta do Mundo, Mundo dá Volta - Mione Sales


« apartheid mental”
Jornalista sente na pele a discriminação na França




Foto - Frédéric Hugon

Seu nome é Mustapha Kessous. Ele tem 30 anos e é jornalista do « Le Monde ». O prestígio da sua função não impede que ele seja vítima ainda hoje do preconceito e discriminação que recaem sobre os magrebinos. De mãe argelina, ele viveu toda sua vida em Lyon antes de vir para Paris. Trabalhou na redação do Lyon Capitale e depois conseguiu entrar para a equipe do « Le Monde ». Foi a convite desse cotidiano que ele escreveu na última quinta-feira (24/09/2009) um testemunho sobre o que considera um estado de « apartheid mental » reinando na França.

Mr. Kessous é como ele prefere se anunciar sempre que fala com alguém ao telefone, para evitar a reação de mal-estar que, desde jovem, sente ao pronunciar o seu nome Mustapha para desconhecidos. Ele cita uma pequena palheta de casos de que foi vítima já como jornalista: no ano passado, ao tentar participar de uma reunião com o Ministro da Imigração para informes sobre uma greve de trabalhadores clandestinos (« sans-papiers ») em empresas, o Ministro, ao vê-lo, pergunta-lhe, com um humor fora do tom, pelos seus documentos. Ao ser enviado para acompanhar pelo jornal o « Tour de France » (famosa competição anual de ciclismo), na etapa da região Loire-Atlantique, eis que, ao se dirigir a pessoas que assistiam a corrida, ele recebe uma recusa que, no Brasil, equivaleria a « não falo com alguém da sua espécie ». Enquanto isso, um outro colega de Kessous, também jornalista, era acolhido normalmente por outros membros do público.


Ele pensava que ser jornalista do « Le Monde » o protegeria desse tipo de discriminação, mas não basta se apresentar enquanto tal. A cada vez ele precisa provar que é jornalista, pois ninguém acredita. Exigem carteira da imprensa e RG. Claro que esse peri­ódico lhe abre as portas, mas quando as pessoas o veem, decepcionam-se de imediato e perguntam : « Onde está o jornalista do ‘Le Monde’ ? ». Há quem chame até a segurança, pois um tal « Mustapha » se faz passar por jornalista do « Le Monde ». Esse jornal, inclusive, tem sido acusado pela direita em alguns de seus sites como «diário de notícias i’mundo’ », por supostamente contratar árabes para cobrir as revoltas na periferia francesa. Em resumo, ele não passa, na opinião de muitos, de « um Árabe de plantão ». Fora isso, já foi confundido com motorista, segurança e até com um suspeito « marroquino » que tinha cometido um assassinato, quando fazia justamente a cobertura do caso.


Ter família, estudar em boas escolas e conseguir passar pelo funil da contratação de jornalistas no concorrido mercado da palavra francês não impede que Mustapha Kessous experimente a discriminação que milhares de magrebinos – árabes da África do Norte (Marrocos, Tunísia e Argélia), países que foram colônias francesas até não muito tempo - sem nome e sem status profissional, costumam sofrer na própria pele.


Essa experiência pessoal e profissional revela uma realidade que extrapola as cosmopolitas e atraentes luzes da Torre Eiffel e diz da « França profunda », aquela do racista Le Pen. Mostra ainda as tensões que atravessam a questão social no Hexágono, de forma semelhante a outros países europeus que recebem uma grande quantidade de imigrantes de antigas colônias ou não. Na velha modernidade do século XXI, a origem e a religião são ainda uma das primeiras coisas que europeus e franceses, em particular, indagam ou tentam decifrar com o olhar - a partir da cor da pele, do cabelo, da língua ou do sotaque -, ao se depararem com um estrangeiro.


Por isso, o escultor Frans Krajcberg, nascido na Polônia e radicado há anos no Brasil, mais exatamente em Vila Viçosa/ BA, comentava em documentário difundido no ano do Brasil na França (2005), que, depois de ter sobrevivido à Segunda Guerra Mundial, ter morado em Sttugart na Alemanha e em Paris, impressionou-o, ao vir para o Brasil, que « ninguém se preocupava com a sua origem ». As suas filiações políticas, religiosas e nacionais nunca eram objeto de perguntas ao primeiro contato. Essa abertura tupiniquim para o Outro cativou-o e fê-lo adotar em 1956 a nacionalidade brasileira.


É importante, assim, saber que sob os néons da globalização tecem-se cipós que amarram os destinos de muitos que se aventuram na vida aqui fora. Árabes, chineses, africanos ou latinos são os prisioneiros invisíveis do preconceito da era global.




*Mione Sales
Professora da Faculdade de Serviço Social da UERJ, doutora em Sociologia e licenciada em Litertura Comparada.

Ps : Para conhecer a obra de Krajcberg, visitar :
- http://krajcberg.blogspot.com/
-
http://www.krajcberg.vertical.fr/
- http://www.rfi.fr/actufr/articles/063/article_34754.asp

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O DIA DO RÁDIO, é hoje!!




Muita gente sabe que tenho uma paixão pela mídia Rádio.

Acho-o um veículo fascinante! Hoje, mesmo com toda as possibilidades tecnológicas da informação, este ainda é um meio mais "rápido" e "imediato" de se veicular uma informação. Uma mídia com maior acessibilidade às camadas populares para a sua aquisição.

Esta possibilidade traz a notícia, mais próxima de quem necessita tê-la. Com ela amplia-se o seu leque de conhecimentos a respeito de seus direitos humanos e sociais; as políticas públicas e sociais que lhes são impostas, de acordo com as demandas sociais, que as provocam. É também um meio de entretenimento, com a veiculação de uma vasta riqueza sonora que se dispõe aqui no Brasil: nossa música.

Um olhar histórico sobre a criação do rádio remonta o século XIX e XX. Há uma questão polêmica, pois o físico italiano, Guglielmo Marconi, em 1895, através das suas experiências, tidas como revolucionárias, nas técnicas de comunicação, foi reconhecido pelo Primeiro Mundo, como o "descobridor do rádio".

Aqui no Brasil, o padre, cientista e engenheiro o gaúcho Roberto Landell de Moura, testa em 1893 a primeira transmissão de fala por ondas eletromagnéticas sem fio. Através de seus inventos a Marinha brasileira fez diversos testes de mensagens telegráficas no encouraçado Aquidaban em 1º de maio de 1905.

Temos como "Pai da rádio no país", Edgard Roquete Pinto, antropólogo expressivo à época, viu-se despertado pelos meios de comunicação, em especial pelo rádio. Através dele teve a "convicção profunda do valor informativo e cultural do sistema".

Em 1º de maio de 1923, acontece à primeira transmissão da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Roquete Pinto e Henrique Morize, instalada na Academia Brasileira de Ciências. A rádio nasceu em 20 de abril de 1923.

Por essa que foi uma revolução comunicacional - o rádio -, comemora-se o seu dia, no dia 25 de setembro, dia de nascimento de Roquete Pinto.

E, apesar de observarmos o que se afirma, de que estamos na "Era da Informação", penso que estamos muito mais para a "Era da Comunicação". Vemos que com toda revolução das mídias sociais, o rádio, ainda é um dos meios de comunicação de massa, dos mais utilizados.

É por esse viés, que penso ser possível articular canais, com esse veículo, estabelecendo-se assim o diálogo entre o Rádio e o Serviço Social, buscando-se novos caminhos para o enfrentamento das várias refrações da questão social de nosso país.

*Nelma Espíndola.
Assistente Social

Evento "SUICÍDIO: VAMOS PREVENIR?"

Acontece no próximo dia 01 de outubro, no Auditório 11, a partir das 9h, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ.

O evento terá vários palestrantes da UERJ, FIOCRUZ, SESDEC, MS, UnB, jornalistas e Diretor Teatral.

Ele é aberto a participação de toda a comunidade da UERJ e externa. Não é necessário inscrição a ser feita para participar.

Maiores informações: GVR – 021-2334-2167.

Abaixo a programação:


PROGRAMAÇÃO DO EVENTO
SUICÍDIO:VAMOS PREVENIR ?

01 DE OUTUBRO DE 2009.

AUDITÓRIO 11 - UERJ.

09:00 - 09:50: ABERTURA DO EVENTO:

1.SUICÍDIO: HISTÓRICO UERJ: PROF.CHRISTINA MAIOLI - UERJ.

2.SUICÍDIO: VAMOS PREVENIR ? DR.JORGE FAGIM - UERJ.


10:00 - 11:30: CENTROS DE INTERESSE:

1.SUICÍDIO NA UERJ: DR. JORGE FAGIM - UERJ.
SRA.MARIANA BTESHE - FIOCRUZ.

2.FAMÍLIA E SUICÍDIO: SRA. ANA MARIA FERRARA - MS.
SRA. ISADORA RAMOS - MS.

3.CULTURA E SUICÍDIO: SR.TUCA MORAES - JORNALISTA.
SR. LUIZ FERNANDO LOBO - PRODUTOR TEATRAL.

4.PREVENÇÃO E SUICÍDIO: SRA.OTÍLIA AZEVEDO - SESDEC.
SRA. CLÁUDIA AGUIAR - SESDEC.


11:40 - 12:30: CONSIDERAÇÕES DOS CENTROS DE INTERESSE:


12:30 - 14:00: ALMOÇO.


14:00 - 16:30: PREVENÇÃO DO SUICÍDIO:


MODERADORA:PROF.CHRISTINA MAIOLI - UERJ.


1.EXPERIÊNCIA DA UnB: SRA.BEATRIZ MONTENEGRO - UnB.

2.AVALIAÇÃO DO RISCO E MANEJO DA CRISE SUICIDA: SRA. JÚLIA CAMAROTTI - UnB.

3.PESQUISA PRIORIDADE RIO[FIOCRUZ] ATUALMENTE EM CURSO: PROF.DR. CARLOS ESTELLITA-LINS - FIOCRUZ.

4.MÍDIA:QUAL O SEU PAPEL ? SR.ANDRÉ TRIGUEIRO - JORNALISTA.

5.DEBATE COM A PLATÉIA.


16:30 - 17:00: ENCERRAMENTO:

1.UM CONVITE À REFLEXÃO: DR.JORGE FAGIM.

2.PALAVRAS FINAIS: PROF.CHRISTINA MAIOLI.

Fonte: Gabinete da Vice-Reitoria da UERJ.
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* Socialização Mione Sales - Professora da Faculdade de Serviço Social da UERJ, doutora em Sociologia e licenciada em Literatura Comparada.

Fórum de Psicanálise e Cinema acontece nesta sexta-feira (25), na UNIRIO

Socializamos com todos vocês um convite por nós recebido e, que vale a pena conferi-lo:


Caros amigos,

Em anexo, segue o cartaz do próximo filme - FOI APENAS UM SONHO - no dia 25 de setembro, às 18h. Espero vê-los na Sala Vera Jancapopulos, na UNIRIO. Um abraço a todos, Ana Lúcia de Castro
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(UNIRIO/PROEXC - PROJETO CULTURAL) E
ASSOCIAÇÃO PSICANALÍTICA RIO 3 (AP RIO3) APRESENTAM

Fórum de Psicanálise e Cinema SEMPRE ÀS ÚTIMAS SEXTAS-FEIRAS DO MÊS, DAS 18H ÀS 22H, LOCAL: SALA VERA JANOCOPULOS UNIRIO.


FILMES ANALISADOS PELOS PSICANALISTAS:

WALDEMAR ZUSMAN zusman@terra.com.br

NEILTON DIAS DA SILVA ndsilva@ism.com.br

E PELA MUSEÓLOGA E PROFESSORA DA UNIRIO: ANA LÚCIA DE CASTRO anadecastro@terra.com.br

25/09/09 - A atração deste mês é o premiado filme do diretor Sam Mendes (Beleza americana): (Revolutionary Road,2008)


SINOPSE: Frank e April formam um casal feliz que se considera especial. Ao se mudarem para Revolutionary Road, se declaram independentes da inércia suburbana ao redor. Logo percebem que estão como os demais. Decidida a mudar a situação, April propõe ao marido recomeçar a vida em Paris. 119 min. DEBATEDOR: Dr. Waldemar Zusman
ELENCO: Leonardo DiCaprio; Kate Winslet; Kathy Bates

PEQUENO HISTÓRICO DO FÓRUM DE PSICANÁLISE E CINEMA

O FÓRUM DE PSICANÁLISE E CINEMA FOI CRIADO EM 1997, COMO UM PROJETO DE EXTENSÃO CIENTÍFICA DA ASSOCIAÇÃO PSICANALÍTICA RIO 3, PELO ENTÃO PRESIDENTE, DR. WALDEMAR ZUSMAN, E PELO DIRETOR DO INSTITUTO, DR. NEILTON DIAS DA SILVA.


DESDE 2004 PASSOU A CONTAR COM A PARTICIPAÇÃO DA MUSEÓLOGA ANA LÚCIA DE CASTRO, PROFª. DRA. DA UNIRIO, RESPONSÁVEL PELAS INFORMAÇÕES TÉCNICAS E CULTURAIS DOS FILMES.


A PARTIR DE 2006, A APRIO 3 CELEBROU PARCERIA COM A UNIRIO PARA MENSALMENTE SEDIAR O FÓRUM DE PSICANÁLISE E CINEMA, SEMPRE MUITO CONCORRIDO.

NÃO PERCA: DIA 25 DE SETEMBRO DE 2009


FILME às 18h e DEBATE às 20h

LOCAL SALA VERA JANACÓPOLUS - AVENIDA PASTEUR, 296 - URCA.

ENTRADA FRANCA

EM 30/10/09: VOCÊ É TÃO BONITO (Je vous trouve très beau, 2005)

FOI APENAS UM SONHO

Editoria Volta do Mundo, Mundo dá Volta - Mione Sales

O último discurso


deO Grande Ditador”,
filme de Charles Chaplin.




Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.


Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.


O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.


Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!


Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, ms dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.


É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!


Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!

Podem conferir no link abaixo, com legendas em português:
http://www.youtube.com/watch?v=t0ald8Z5PZc

Editoria Volta do Mundo, Mundo dá volta, começa hoje!





Para inaugurar a seção Volta do Mundo, Mundo dá volta, já uma homenagem à inspiração de G. Gil, com sua “Parabolicamará”, escolhemos “O Último discurso” do filme O grande ditador, uma obra de 1940, realizada nos EUA e estrelada por Charles Chaplin. É atualíssimo o seu apelo à paz e à reinvidicação de um mundo melhor. Fazemos de suas palavras um eco dos valores e princípios que partilhamos no blog Mídia e Questão Social.
Nas páginas que alimentaremos, doravante, daqui de Paris, haverá notícias, matérias traduzidas, com seus respectivos links originais, análises, tendo como mote na mídia questão social, ora com mais ênfase na primeira ou nesta última. A França é um mirante interessante, nesse sentido, pois circulam fartamente aqui na mídia informações sobre o mundo inteiro. Ora destacaremos, portanto, o que sacode a terra de Voltaire na atualidade, mas também exploraremos outros continentes e problemáticas.

Há questões que repercutem na imprensa brasileira, outras não, pelas razões que bem sabemos. As questões sociais que não vêm tingidas de vermelho nem sempre dão Ibope. Os assistentes sociais são nossos interlocutores preferenciais, é para eles que escrevemos e selecionamos as matérias, mas o blog está aberto ao debate e à troca de idéias com todos os que se interessarem pelo tema do Serviço Social e da comunicação, regado à reflexão sobre as políticas públicas ou à sua ausência. Queremos contribuir, sempre que possível, também para um cardápio de leituras, filmes e divulgação de exposições de arte, que tematizam o social.

Bom proveito! Esperamos conhecer também a sua opinião. Aguardamos, assim, as reações aos temas por esse canal veiculados.

Um grande abraço a todos,

**Mione Sales
Professora da Faculdade de Serviço Social da UERJ, doutora em Sociologia e licenciada em Literatura Comparada.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Programa MAS entrevista Mione Sales, no lançamento do livro "Mídia, Questão Social e Serviço Social"












Mione Sales(FSS/RJ)
Uma das organizadoras do livro.



Podcast Web Rádio Observatório Social


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O lançamento do livro “Mídia, Questão Social e Serviço Social” aconteceu no último dia 11 de setembro, na Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.

São vinte e um autores, entre profissionais e professores de Comunicação e Serviço Social, sendo que desse total, dezoito são do Rio de Janeiro. Pelo menos dezesseis deles, estiveram presentes e juntos nos preparativos do evento; cada um com sua contribuição individual, mas na busca de uma produção coletiva, que se efetivou.

O acontecimento caracterizou-se como de vanguarda, com instalações de equipamentos midiáticos, músicas, mesa redonda, vídeo e uma entrevista de rádio, diretamente de Paris.

Organizaram o livro Mione Sales e Jefferson Ruiz. Este é resultado do curso de Extensão oferecido pela Faculdade de Serviço Social da UERJ, com o mesmo tema. Encontra-se a reflexão da interdisciplinalidade do curso no campo do serviço social, profissão que está em expansão nos últimos tempos e, não mais com a velha imagem do assistente caridoso, por se desenvolver como área de conhecimento e intervenção profissional.

Foram constatados inúmeros retornos após o evento, tanto dos profissionais de Serviço Social e de Comunicação Social, assim com estudantes de ambas as áreas. Outros profissionais de outras áreas presentes, também demonstraram interesse no tema.

Para ampliar essa melhor visibilidade das relações entre mídia e políticas sociais públicas e dos (as) assistentes sociais, será transmitida na íntegra a entrevista de Mione Sales, concedida no dia do lançamento, ao programa MAS - Midiatizando o Social, da web Rádio Observatório Social.


Nelma Espíndola


* Mione Apolinário Sales, professora da Faculdade de Serviço Social – UERJ.
** Jefferson Lee de Souza Ruiz – Assessor Político do Conselho Regional de Serviço Social – CRESS-RJ – 7ª Região.

domingo, 13 de setembro de 2009

Fotógrafos são atingidos por bomba de gás lacrimogêneo durante protesto no RJ

Por Thiago Rosa/Redação Portal IMPRENSA

O Sindicato dos Jornalistas do município do Rio de Janeiro (RJ) criticou a atuação da Polícia Militar (PM) durante mobilização de professores do estado em frente à sede da Assembléia Legislativa (Alerj), na última terça-feira (8). Na ação, os repórteres fotográficos, Felipe O'Neill e Marcelo Franco , dos jornais cariocas O Dia e Extra respectivamente, foram atingidos por bomba de gás lacrimogêneo arremessada pelo Batalhão de Choque da PM.
Os professores da rede estadual de ensino entraram em greve na última terça. No mesmo dia, manifestantes foram em direção à Alerj para pedir aprovação de emendas a um Projeto de Lei assinado pelo governador Sérgio Cabral. Segundo o Sindicato dos Jornalistas, houve tentativa de cercear o trabalho da imprensa durante o protesto.

Presentes para cobrir a manifestação, os repórteres fotográficos foram atingidos por estilhaços de bomba durante a ação militar.
"Eu só senti o estilhaço de bomba no peito. Não teve como correr. Foi a um metro, um metro e meio de mim (...) Começou a doer muito, senti falta de ar", disse Franco ao Portal IMPRENSA.
O fotógrafo do Extra teve queimadura de primeiro grau, por conta dos estilhaços, e diz que o incidente "faz parte da profissão". Franco ressaltou ainda que, apesar do susto, não moverá ação contra o estado pelo ferimento.
"No tumulto, não dá para distinguir quem é manifestante ou não. Eles (policiais) perdem o controle. Utilizam a bomba para fazer as pessoas dispersarem", disse. "Daí eu processo o estado, eles dizem que a culpa é dos professores. Fica nesse jogo de empurra-empurra. Vou me aborrecer à toa".
Ao todo, 11 pessoas ficaram feridas durante a manifestação. De acordo com informações do jornal O Globo, foram arremessadas três bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Oito pessoas foram atendidas pelo setor de emergência da Assembleia e, mais tarde, seis delas encaminhadas ao Hospital Souza Aguiar. Um diretor do Sindicato Estadual dos Professores de Educação (Sepe) foi detido por desacato à autoridade.
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*Socialização de Leandro Rocha
Assistente Social.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mais notícias sobre o dia internacional da alfabetização (agora em espanhol)

8 de Septiembre DÍA INTERNACIONAL DE LA ALFABETIZACIÓN


En 1967 la Organización de las Naciones Unidas (ONU) y la Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura (UNESCO) declararon al 8 de septiembre Día Internacional de la Alfabetización para despertar la conciencia de la sociedad internacional y llegar a un compromiso universal en materia de educación y desarrollo: reducir a cero la tasa de analfabetismo en el mundo. Desde entonces han sido muchos los progresos realizados en gran cantidad de países para disminuir la tasa global de analfabetismo. Sin embargo, es todavía una realidad que, a nivel mundial, uno de cada cinco adultos carece de las habilidades básicas de lectoescritura. De acuerdo a la UNESCO, casi 776 millones de adultos son analfabetos, de los cuales dos tercios son mujeres; y 75 millones de niños y niñas no asisten a la escuela o lo hacen esporádicamente. En América latina, según datos del Informe de Seguimiento de la Educación para Todos en el Mundo edición 2009, la tasa de alfabetización de adultos alcanza el 91%, mientras en la subregión del Caribe desciende a 74%. Es decir, un total de 37 millones de adultos que permanecen iletrados. A pesar de las iniciativas que se están desarrollando en la actualidad y de la proclamación del periodo 2003 - 2012 como el "Decenio de las Naciones Unidas de la Alfabetización: la educación para todos", los datos todavía muestran un panorama desolador, que se contrapone con los objetivos del programa Educación Para Todos trazados en Dakar en el año 2000. Entre ellos, el Objetivo 4 de aumentar en un 50% el número de adultos alfabetizados para el 2015, el Objetivo 3 de cubrir las necesidades de aprendizaje de todos los jóvenes y adultos, y el Objetivo 5 de lograr la igualdad de género en la educación. El analfabetismo es la máxima expresión de vulnerabilidad educativa. La desigualdad que existe en el acceso al saber está unida a la desigualdad en el acceso al bienestar. La alfabetización, entonces, es la clave para la participación de los y las ciudadanos y ciudadanas en la vida social, cultural, política y económica. La alfabetización debe entenderse como la apropiación continua y permanente de los códigos necesarios para comunicarse, desarrollarse humanamente, ejercer la ciudadanía política y construir proyectos de vida en todos los planos. No es sólo cuestión de saber leer y escribir, sino atañe también al respeto propio y la dignidad humana, a las oportunidades que suscitan esperanza en las personas, las familias, las comunidades y las sociedades en su conjunto. La alfabetización, por sobre todas las cosas, les permite hacer realidad sus derechos como ciudadanos y seres humanos. Este año, el Día Internacional de la Alfabetización se centra, precisamente, en la función empoderadora de la alfabetización. Hace hincapié en la capacidad de la misma para dotar de autonomía a las personas y en su importancia para la participación, el ejercicio de la ciudadanía y el desarrollo. En su mensaje de 2009, el Director General de la UNESCO, Koichiro Matsuura, afirma que la alfabetización es parte integral del derecho a la educación, ha demostrado una y otra vez que es una herramienta fundamental de promoción de la autonomía y es hora de que el derecho a la educación de todas las personas, cualquiera sea su edad, se haga realidad.

“Alfabetizarse no es aprender a repetir palabras sino a decir su Palabra”

“la alfabetización es más, mucho más que leer y escribir. Es la habilidad de leer el mundo, es la habilidad de continuar aprendiendo y es la llave de la puerta del conocimiento”

Paulo Freire
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*Socialização Leandro Rocha
Assistente Social;
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Notícias da UNESCO sobre o dia Internacional da Alfabetização

Considerando a importância do investimento nessa seara para que os indivíduos possam conhecer e usufruir plenamente de seus demais direitos, culminando no desenvolvimento da sociedade, seguem as notícias referentes ao dia internacional da alfabetização, comemorado no dia 8 de setembro:

Belém debate educação de adultos
Belém, 9/9/2009 – Especialistas internacionais, da UNESCO e do Ministério da Educação participarão do debate “Direito a aprender ao longo da vida: desafios frente à diversidade“, no Centro de Convenções da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, nesta quinta-feira, 10, das 19h às 22h. O aprender ao longo da vida é tanto um direito quanto uma necessidade. A proposta é discutir quais são os múltiplos desafios - regionais, étnicos, de gênero, etários etc. - que influenciam no aprendizado ao longo da vida e como isso pode contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas no mundo de hoje. O debate, que celebra o Dia Internacional da Alfabetização, comemorado no dia 8 de setembro, é destinado a educadores, professores, estudiosos e alunos de EJA (Educação de Jovens e Adultos) e demais interessados.
O programa do debate terá início às 19h com a moderação do Representante da UNESCO no Brasil, Vincent Defourny, e apresentações pontuais dos debatedores. Em seguida serão abertas as discussões com os presentes e o encerramento contará com as considerações finais dos debatedores.
A realização do debate foi uma proposta dos organizadores da Sexta Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFINTEA VI), que acontecerá de 1º a 4 de dezembro deste ano, em Belém. Alguns dos debatedores da noite do dia 10 fazem parte do Grupo Consultivo da CONFINTEA, constituído por pessoas integrantes da UNESCO, dos governos e de instituições da sociedade civil de todos os continentes e responsável por definir os conteúdos a serem discutidos nessas Conferências, que acontecem a cada 12 ou 13 anos. O Grupo Consultivo estará reunido em Belém nos dias 10 e 11 de setembro, em encontro fechado, para os ajustes finais na preparação da CONFINTEA VI.
No âmbito local, participarão do debate professores e alunos da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Universidade Estadual do Pará (UEPA), da Universidade da Amazônia (UNAMA), do Fórum de EJA e interessados pelo tema. Para acompanhar o debate ao vivo, pela internet, clique aqui

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*Socialização Leandro Rocha
Assistente Social.

A questão da pobreza é cultural e histórica



Em minhas visitas a blogosfera, uma das paradas obrigatórias é no blog do Jornalista Sidney Rezende. Em março, mais precisamente no dia 18 de março, encontrei o seu post "Cenas do Cotidiano", que pontua o seu olhar sobre a “diferença entre ricos e pobres” em nosso país, e sua possível causa “nossa incompetência”.

Antes de prosseguir, quero fazer um parêntese sobre a gênese deste artigo – a pobreza -; que tem sido apontada em algumas ocasiões pelo jornalista e, que dá uma possibilidade de repensarmos o nosso paradigma sobre esta questão social, com um olhar antropológico, que como sinalizam alguns estudiosos do Serviço Social, nos possibilita maior clareza em nossos posicionamentos e ações profissionais. Olhar antropológico tem em sua base: a alteridade; o etnocentrismo e relativismo.

Não falarei em alteridade, pois teria de falar de cultura, da diferença como alguma coisa constituída do ser humano. Toda sociedade tem o seu “controle social”, regras sociais que devem ser seguidas de acordo com as tensões sociais que são por ela geradas, mas que podem ser transgredidas. Lidar com as diferenças nas sociedades em geral se traduz em dificuldade.

Também não me aprofundarei no etnocentrismo, que é uma visão que atravessa as diferenças de culturas, onde se tem uma compreensão de hierarquia – do melhor para o pior -; uma atitude etnocêntrica é ver o outro tomando a si mesmo com parâmetro social de humanidade. Essa visão hierárquica é recheada de sinais de +/-, sendo o + sempre a sua visão pessoal e o outro é visto sempre como o -, aproximando-o do que pode parecer consigo mesmo.

E quanto ao relativismo, que é um dos fundamentos antropológicos mais usados na contemporaneidade, pontuarei o que no meu entender seja mais importante, a possibilidade que nos proporciona de olhar o outro o aceitando como ele é; cada sujeito tem algo a dizer, que deve ser considerado importante como símbolo de pertencimento a uma mesma humanidade.

Diante destas primeiras reflexões, passo então a fazer meu ensaio sobre a mensagem do leitor, a qual gerou o “Cenas do Cotidiano”, um assistente social, morador do Humaitá, que foi assaltado por uma “menina” do Santa Marta que ressalta o seu reconhecimento quanto ao preconceito contra os “pobres”, ainda mais quando esses são moradores de favelas; a adjetivação de “favelados” ajuda a “perpetuar a falta de oportunidades”, conclui.

O viés para manifestar o seu olhar quanto a este preconceito incidiu sobre outro post do Sidney Rezende, que tratava da inclusão digital no Morro Santa Marta, cuja reação de alguns internautas quanto a esta inclusão social era traduzida por oposição.

Bem para finalizar as minhas reflexões, que continuam pululando na minha cabeça, gostaria que elas se expandissem através de outras mentes brilhantes sobre a questão da pobreza que é cultural e histórica, e tem um percurso de cinco séculos: de sua naturalização às formas organizadas de ajuda aos pobres; a institucionalização da assistência e a profissionalização dos seus agentes.

Sendo então recorrente nas sociedades antigas e nas modernas é importante discutirmos, independente de nossas ideologias político-partidárias, mas com um compromisso ético-político. Isso nos aproxima de uma proposta de superações das nossas “fronteiras pessoais”, desse modo temos de abandonar também, a idéia de que essa atitude de consenso seja uma utopia. A diminuição das desigualdades sociais se concretiza, então, por ações articuladas entre sociedade civil e o Estado.

O uso oportuno da informação de muito combateria e de modo eficaz, o uso muitas vezes assistencialista, e o populismo engendrado em algumas ações e serviços sócio-assistênciais por alguns gestores públicos.
Fico esperançosa quando observo uma disponibilidade de alguns jornalistas e demais profissionais da comunicação, com uma disponibilidade pública, de viabilizar espaços através de seus instrumentos de trabalho, as mídias: rádio, televisão, jornais, cinema e internet, para a discussão e publicização das questões sociais, dentre elas a mais aviltante: a extrema pobreza.

*Nelma Espíndola
Assistente Social.

Fonte: www.sidneyrezende.com/noticia/33456+cenas+do+cotidiano

quinta-feira, 10 de setembro de 2009


O livro Mídia, questão social e Serviço Social, recém-publicado pela Editora Cortez, será lançado no Rio de Janeiro sexta-feira, dia 11 de setembro, a partir das 18h, no auditório 91 do Pavilhão João Lyra Filho, na Faculdade de Serviço Social da UERJ.

Vinte e um autores, entre profissionais e professores de comunicação e de serviço social, discutem as relações entre mídia e políticas públicas. Sem deixar a reflexão teórica de lado, o livro vai fundo na descrição e análise crítica da experiência de profissionais que atuam nesse campo de interseção entre comunicação e políticas sociais.

O livro, organizado por Mione Sales e Jefferson Ruiz, é resultado do curso de extensão oferecido pela Faculdade de Serviço Social da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) com o mesmo tema. A interdisciplinaridade do curso reflete as novas preocupações no campo do serviço social, profissão que cresce rapidamente e, longe da velha imagem do assistente caridoso, se desenvolve como área de conhecimento e intervenção profissional.

O lançamento seguirá o caráter criativo e participante do livro, com instalações, performances, música e debate. Mas a tradição do coquetel e dos autógrafos será mantida. A atividade integra a agenda das comemorações dos 65 anos da Faculdade de Serviço Social da UERJ.

Resenha:
Mídia, questão social e Serviço Social está organizado em quatro zonas:

Na ZONA DE ABERTURA, os organizadores discutem as relações dos meios de comunicação de massa com as esferas pública e privada, e seu papel no debate sobre políticas sociais e direitos humanos. A evolução da comunicação mudou nossa forma de ver o mundo e ampliou o leque de possibilidades de uso das mídias. Hoje, o debate sobre democratização da comunicação supera os limites do direito à informação. O que está colocado é o direito à produção da informação, como forma de expressão e participação no debate público. Em ano de conferências públicas sobre a organização dos meios de comunicação, é indispensável buscar outros caminhos para os meios de comunicação de massa, hoje concentrados nas mãos de poucas famílias.

Na ZONA INTERDISCIPLINAR: DIÁLOGOS COMUNICATIVOS, profissionais e professores de comunicação refletem sobre os desafios da assessoria de imprensa voltada para a área social, as questões técnicas para o jornalista que pretende escapar ao senso comum que domina a mídia comercial, incluindo reflexões sobre técnicas de reportagem, conceitos e usos da fotografia e das novas tecnologias de comunicação. Por fim, relatos de experiências práticas de ações em comunicação com segmentos populares são apresentados acompanhados de reflexões sobre seus sentidos e efeitos sociais.

Na ZONA PROFISSIONAL E INTERLOCUÇÃO SOCIAL, estão os artigos de alunos do curso, que estabelecem relações entre as políticas e segmentos sociais em que atuam os assistentes sociais e o campo da comunicação. Programa Bolsa Família; violência, crime e identidade; gravidez na adolescência; pessoas com deficiência; pessoas portadoras de hanseníase são alguns dos temas apresentados na sua inter relação com as mídias. O debate inclui a cobertura dos movimentos sociais pela imprensa, o diálogo com os jovens e adolescentes em programas para o público “teen” e termina com os desafios de dialogar com mídias pouco exploradas pela profissão, como o rádio.

Por fim, na ZONA DE COMPROMISSO, os autores refletem sobre as necessidades e possibilidades de atuação do Serviço Social no campo da comunicação. De novo, os artigos vão do debate teórico ao relato do que já existe construído em termos de política de comunicação dos assistentes sociais e de experiências concretas de apropriação das técnicas de comunicação no trabalho com usuários de serviços públicos.

Serviço:
Mídia, questão social e Serviço Social contou com o apoio do Conselho Regional de Serviço Social do Rio de Janeiro (CRESS-RJ) e da Faculdade de Serviço Social da UERJ e está sendo lançado em diversos estados do país. O livro é encontrado em livrarias revendedoras da Editora Cortez ou em sites especializados.
Mione Sales é professora de Serviço Social da UERJ e Jefferson Ruiz é assessor político do CRESS-RJ.

Os autores:
Alessandra Melo Silva, Ana Lucia Vaz, Cecilia Contente, Claudia Correia, Dianne Arrais de Figueiredo, Jefferson Lee de Souza Ruiz, Juliana Desiderio Lobo Prudencio, Kenia Augusta Figueiredo, Leandro Rocha da Silva, Luiz Henrique Nascimento, Marcelo Braz, Marcelo Ficher, Márcia Carnaval, Maria Celina Machado, Mione Apolinário Sales, Moara Paiva Zanetti, Nelma Rosimeire da Silva Espíndola, Olga Sueli Arruda, Renato Veloso, Sandra Regina Manes Barreto, Tatiana Maria Araújo da Fonseca.
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*Socialização Leandro Rocha
Assistente Social.