Como muitos sabem o dia 1º de dezembro foi internacionalmente instituído como o "Dia de luta contra a AIDS". Aproveitando a ocasião, resolvemos fazer um pequeno balanço do que tem sido noticiado sobre a doença, em termos de avanços e retrocessos.
Como exemplos claros da contradição ainda existente com relação à AIDS, observamos as ações realizadas no mundo todo. Desde a alteração na iluminação do Cristo Redentor como forma de homenagem e alerta sobre a questão, até as manifestações realizadas na Ásia contra o "sexo livre" e a manifestação absurda da intenção do governo Chinês em vetar a entrada de soropositivos em seu solo a partir de maio do ano que vem.
Mesmo com as campanhas direcionadas para a prevenção e demais medidas tomadas em todo o mundo, a AIDS ainda apresenta um alto índice de contaminação. Nos países da América Latina a incidência da doença e suas taxas de mortalidade são agravadas pelas desigualdades sociais e econômicas, bem como pela a dificuldade no acesso aos programas estatais. Sobre a realidade brasileira, nesta sexta-feira (26/11) foi divulgado um boletim epidemiológico sobre AIDS/DST. Neste boletim é sinalizado o aumento no índice de mulheres contaminadas entre 13 e 19 anos (0,4 por 100 mil habitantes), bem como as mulheres acima de 50 anos (9,9 por 100 mil habitantes).
A pesquisa ainda aponta que em 2007 96,9% dos casos de infecção foram transmitidos através sexo inseguro.
Notícias boas também podem ser avistadas no horizonte: há a iniciativa do ministério da saúde em adotar uma série de medidas que contribuirá na qualidade de vida de soropositivos e companheiros.
Uma delas é a antecipação do início do tratamento com antirretrovirais para pacientes que possuem relacionamentos com pessoas não-infectadas (são os casais chamados de sociodiscordantes).
Outra notícia é o trabalho no sentido de garantir o direito à paternidade e maternidade às pessoas com o vírus. Está sendo conduzido um programa conjunto das nações unidas que visa utilizar técnicas de reprodução assistida para que casais sociodiscordantes possam ter filhos sem riscos de transmissão do vírus ao bebê.
Os dados apresentados nos fazem refletir sobre a necessidade de continuar a luta contra a AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis, mas, para isso não basta lembrarmos destas doenças apenas durante o carnaval e/ou o dia primeiro de dezembro. Essa luta é uma constante e deve ser travada no dia-a-dia com informação, bom senso e sem preconceito.
AIDS mata, mas o preconceito mata muito mais!
Abraços,
Equipe do Blog Mídia e Questão Social.
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