quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Editoria Caleidoscópio Baiano



                                    



Claudia Correia (*)


A experiência do livro "Mídia, Questão Social e Serviço Social" (2009) aguçou minha curiosidade sobre o tema da obra e passei a refletir mais sobre a função social dos veículos de comunicação e como podemos nos apropriar das linguagens de comunicação para fazer valer os direitos sociais no âmbito do Serviço Social, da Educomunicação, da Arte Educação, na Educação Ambiental e em tantas outras frentes.

Estes dias estava vasculhando a internet para enriquecer meu material didático para as minhas aulas de Ética Profissional,na Escola de Serviço Social da UCSal. Afinal, sempre precisamos inovar, motivar os alunos e seduzi-los para o processo de ensino/aprendizagem.

Encontrei esta cartilha abaixo, produzida pela Organização para as Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - Unesco e Oboré – Projetos Especiais em Comunicações e Artes (2009). Como abordo a Declaração Universal dos Direitos Humanos nesta disciplina, por conta do Código de ética do assistente social, decidi aproveitar o conteúdo para trabalhar em atividades pedagógicas com os alunos no próximo semestre.

                   
Cartilha Digital "DIREITOS HUMANOS NA MÍDIA COMUNITÁRIA  -  A cidadania vivida no nosso dia a dia" --- Clique aqui
                                 UNESCO E OBORÉ


Em 40 páginas, a publicação resgata a importância dos direitos de cidadania, incluindo informações bem didáticas sobre os direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais, destacando segmentos que atuamos diretamente como crianças e adolescentes. Se na chamada grande mídia o tema não desperta tanto interesse, nas experiências da mídia comunitária, e especialmente no rádio e na internet, a pauta rende.

O material serve ainda de manual para programas radiofônicos, sugerindo assuntos e entrevistas interessantes sobre aspectos legais dos direitos, numa linguagem acessível.

O rádio é um veiculo fascinante. Tenho uma paixão especial pela magia dele, pela linguagem direta e por sua presença cotidiana na vida social. Em Salvador e em muitos municípios baianos a audiência é grande em bairros populares. Temos inúmeras emissoras de rádios comunitárias, além é claro de outras com forte influência religiosa e sensacionalista. O hábito de ouvir rádio de pilha trabalhando em casa, nas portarias de edifício, no ônibus, nas bancas de revista e nas barracas de praia é uma febre em terras baianas. Muitos ouvintes interagem, fazem matérias, enviam notícias...

Achei o texto da cartilha bem leve, rico de informações e didático, podendo servir tanto para a formação de comunicadores como de assistentes sociais. Sonho com um programa de rádio local nesta linha editorial, já fiz projetos mas, sempre algo me desvia deste caminho. Como nada é por acaso neste mundo ( e em outros também) quem sabe este meu encontro casual com a cartilha me faz retomar este sonho. Ainda penso em montar um blog com meus alunos com temas afins aos direitos humanos, mas ainda não viabilizei este projeto.

Gostaria de receber comentários dos blog-amigos sobre a cartilha e trocar idéias com educadores e estudantes sobre outros recursos que podemos usar para fortalecer os vínculos entre a Comunicação e o Serviço Social, que tornem mais criativas nossas aulas ou abordagens comunitárias e nos encorajem a ousar, utilizando meios menos convencionais de aprendizado.

O desafio está lançado. Vamos arriscar?


(*) Claudia Correia – Assistente social, jornalista, profª da ESSCSal, Mestre em Planejamento Urbano e Regional. Contato: ccorreia6@yahoo.com.br.

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