Vem chegando 2012... !
Sacudindo o mundo com suavidade...
Esse é um momento de forte expectativa para todos nós, quanto ao que vem por aí... e outro de reflexão a respeito de tudo o que vivemos em 2011.
Algumas esperanças se esvaíram, possibilidades novas surgiram e nos trouxeram a chance de experimentar outras experiências – individual e coletivamente -, que nos deram o aporte crítico, político e humano necessário para prosseguirmos em nossa luta por :
uma cultura acessível à grande massa da população, mas com caráter interativo, político, lúdico, popular e libertário;
uma educação em condições alternativas e estruturantes para professores e alunos;
uma saúde, efetivamente, como um direito universal a todos, empreendida por gestões governamentais que cumpram, ademais, a sua responsabilidade de viabilizar condições de trabalho dignas a todos os indivíduos;
uma política de habitação sustentável e democrática, principalmente para os que moram nos bairros populares e periferias, pois, a cada início de ano, temos sido testemunhas de tragédias evitáveis.
Que o Ano de 2012 ofereça a todos nós e aos blog-leitores, parceiros e colaboradores um espaço e um tempo para alimentarmos nossa utopia de uma sociedade mais igual e democrática. É preciso prosseguir com essa esperança. Tomemos como exemplo algumas pessoas muito especiais e combativas, que, em pontos diferentes do globo (Paris, Rio de Janeiro e Campinas), este ano nos deixaram e viraram “flores-astrais”: Jacqueline Beaulieu, Marcia Aran e mais recentemente Maria de Sousa Ruiz, liderança comunitária e mãe do nosso querido Jeff...
Com o coração apertado e solidário, mas com a mesma convicção militante que nelas pulsava, vamos juntos na blogosfera e no mundo real prosseguir com “fé na vida, fé nos homens, fé no que virá...”, qual o grande poeta engajado Gonzaguinha.
A Equipe do Blog Mídia e Questão Social deseja, assim, a todos Boas Festas e um 2012 infinitamente melhor que 2011!
Como símbolo de nosso votos, deixamos para vocês um poema de Vinícius de Moraes, interpretado por Ricardo Blat e Camila Morgado.
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Poema de Natal
Vinicius de Moraes
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
[ Extraído do livro “Antologia Poética”, Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 147]
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EQUIPE MÍDIA E QUESTÃO SOCIAL
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