sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O DIA DO RÁDIO, é hoje!!




Muita gente sabe que tenho uma paixão pela mídia Rádio.

Acho-o um veículo fascinante! Hoje, mesmo com toda as possibilidades tecnológicas da informação, este ainda é um meio mais "rápido" e "imediato" de se veicular uma informação. Uma mídia com maior acessibilidade às camadas populares para a sua aquisição.

Esta possibilidade traz a notícia, mais próxima de quem necessita tê-la. Com ela amplia-se o seu leque de conhecimentos a respeito de seus direitos humanos e sociais; as políticas públicas e sociais que lhes são impostas, de acordo com as demandas sociais, que as provocam. É também um meio de entretenimento, com a veiculação de uma vasta riqueza sonora que se dispõe aqui no Brasil: nossa música.

Um olhar histórico sobre a criação do rádio remonta o século XIX e XX. Há uma questão polêmica, pois o físico italiano, Guglielmo Marconi, em 1895, através das suas experiências, tidas como revolucionárias, nas técnicas de comunicação, foi reconhecido pelo Primeiro Mundo, como o "descobridor do rádio".

Aqui no Brasil, o padre, cientista e engenheiro o gaúcho Roberto Landell de Moura, testa em 1893 a primeira transmissão de fala por ondas eletromagnéticas sem fio. Através de seus inventos a Marinha brasileira fez diversos testes de mensagens telegráficas no encouraçado Aquidaban em 1º de maio de 1905.

Temos como "Pai da rádio no país", Edgard Roquete Pinto, antropólogo expressivo à época, viu-se despertado pelos meios de comunicação, em especial pelo rádio. Através dele teve a "convicção profunda do valor informativo e cultural do sistema".

Em 1º de maio de 1923, acontece à primeira transmissão da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Roquete Pinto e Henrique Morize, instalada na Academia Brasileira de Ciências. A rádio nasceu em 20 de abril de 1923.

Por essa que foi uma revolução comunicacional - o rádio -, comemora-se o seu dia, no dia 25 de setembro, dia de nascimento de Roquete Pinto.

E, apesar de observarmos o que se afirma, de que estamos na "Era da Informação", penso que estamos muito mais para a "Era da Comunicação". Vemos que com toda revolução das mídias sociais, o rádio, ainda é um dos meios de comunicação de massa, dos mais utilizados.

É por esse viés, que penso ser possível articular canais, com esse veículo, estabelecendo-se assim o diálogo entre o Rádio e o Serviço Social, buscando-se novos caminhos para o enfrentamento das várias refrações da questão social de nosso país.

*Nelma Espíndola.
Assistente Social

2 comentários:

  1. Nelma,

    De fato, o rádio é a mídia mais democrática...
    Ele chega ao trabalhador das áreas mais simples da produção, nos recantos mais remotos e ao executivo engravatado da cidade que se vê bem longe das expressões da desigualdade.
    O problema é o viés ideológico que transpassa tb este veículo de comunicação: as massas acessam o circo, as notícias sensacionalistas. Os mais informados, as notas sobre economia, política e cultura.
    Romper (ou minimizar) com esta segmentação é enfrentar os limites de uma sociedade partidíssima.

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  2. Simone,

    De fato, todo veículo de comunicação tem as suas ideologias, seus propósitos a fim de alcançar audiência e o seu público alvo. Temos as mídias como alguns autores as definem, como o “Quarto Poder” e o peso desse mote faz-nos pensar muitas vezes até que ponto será possível romper com essa segmentação. Para os que formam as elites, as informações lhes são dadas, não só como um direito em obtê-las, mas como possibilidades que lhes possam assegurar a distância das desigualdades sociais, por isso o conteúdo da notícia que hoje as emissoras nos formatos “All News” lhes proporcionam; ao contrário das populações mais pauperizadas, cujo atrativo, muitas vezes são as emissoras com conteúdo popular. É importante que possam, porém, passar a informação de modo simplificado, pedagogicamente, mas sem espetacularizar as questões sociais, com foco na violência, por exemplo. Hoje tenho, de certo modo, notado que as camadas populares em geral buscam também notícias que possam ser formadoras de opinião. E, é nesse sentido que vejo uma possibilidade dos assistentes sociais mediarem, por meio da rádio, canais que possam ser uma linha direta entre os que precisam e têm o direito à informação e dela, muitas vezes, são desviados, através de inúmeros recursos midiáticos. Desse modo, não é porque uma emissora tem um perfil de formadores de opinião, que devemos nos abster de conhecer o seu conteúdo, ou também as mais populares. Todas podem ser canais de expressão e de informação para o público para quem desejamos ampliar nossa fala e ouvi-los: as camadas populares da sociedade.

    Obrigada por sua participação. Desejamos tê-la sempre presente.
    Nelma Espíndola.

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