A comunicação é para todos; é direito de todos.
Universalizar os serviços de radiodifusão comunitária pode ser um passo largo nesta direção.
Fonte: Google
Nelma Espíndola*
A frase “Democratizar a palavra para democratizar a sociedade!”, inscrita na charge do artigo Prossegue a luta pela democratização da comunicação, publicado na Editoria BM&QS em 14 de fevereiro de 2011, expressa a síntese dessa luta que vem se construindo ao longo dos anos contra a concentração de propriedade dos meios de comunicação em nosso país, nas mãos de poucos.
Conforme a Intervozes naquele mesmo artigo, essa posse dos meios de comunicação no Brasil “é mais concentrada que nos países inquestionavelmente vistos como liberais, como os Estados Unidos ou Inglaterra”.
Essa afirmativa é ratificada por um estudo feito pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura [Unesco] em parceria com a Fundação Ford, sobre a regulação da radiodifusão [rádios e TV ] no Brasil, lançado no último dia 17 de março de 2011. A Unesco sugere mudanças na regulação da comunicação no país, a partir da comparação com outros 10 países. Três dos principais especialistas em comunicação no mundo, Toby Mendel, Eve Salomon e Andrew Puddephatt, fizeram as pesquisas e indicam uma “defasagem na regulamentação brasileira.” Segundo o representante da Unesco no Brasil, Vincent Defourny, a “legislação de comunicação é muito antiga e não se alia aos princípios da Constituição”.