SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS
Nunca tivemos tantas razões para lutar
Ricardo Pereira*
Se fizéssemos largo uso de adjetivos e acusações, qual o Governo Sérgio Cabral, poderíamos arriscar metaforicamente dizer que o executivo estadual comanda uma das maiores quadrilhas de pilhagem dos recursos públicos da história fluminense. Sob a fumaça da propaganda de modernidade e eficiência alardeadas, a população do Rio de Janeiro sente-se, na prática, saqueada, por meio de uma sucessão de negociatas, farsas e tramas nos bastidores. Collor e José Roberto Arruda (Distrito Federal) por muito menos sofreram o impeachment.
O trágico acidente que vitimou a noiva do filho de Sérgio Cabral não pode ocultar o fato de que o governador estava na Bahia, em estreito convívio com a direção da construtora que mais fatura no governo federal, estadual e municipal, a Delta Construções. Em 2010, a Delta faturou mais de R$ 750 milhões junto ao governo federal. Clique aqui e conheça a extensa lista de obras públicas da empresa no Rio de Janeiro, onde tem a sua sede.
Trecho de matéria publicada em maio passado pela Veja. Íntegra aqui.
Enquanto isso os servidores públicos do estado do Rio de Janeiro, em luta por reajustes e contra os piores salários pagos no País, mais terríveis condições de trabalho, paralisaram suas atividades, após meses de tentativas de negociação, sem nenhuma resposta do governo Sérgio Cabral.
Com contracheques mensais de apenas R$950,00, os bombeiros na luta por melhores salários passaram a ser tratados como vândalos - tendo 439 companheiros presos. Esta é a triste retribuição a quem arrisca a sua própria vida, todos os dias, para salvar uma infinidade de outras.